Tecnologia permite borrifar células fotovoltaicas em qualquer vidro

Utilizando as menores células fotovoltaicas do mundo, tecnologia SolarWindow permite transformar vidros de janelas em painéis solares

 

SolarWindow - New Energy
Com um Spray, é possível pulverizar sobre a superfície do vidro células com um décimo do tamanho padrão e com capacidade de produzir mais energia

A empresa norte-americana New Energy Technologies pretende colocar no mercado uma tecnologia que pode transformar qualquer janela em um painel solar. Os pesquisadores associados à companhia desenvolveram um método para borrifar células fotovoltaicas nos vidros, mantendo-os transparentes ao mesmo tempo em que geram eletricidade.

A tecnologia foi detalhada inicialmente em estudo publicado no Journal of Renewable and Sustainable Energy, publicação do Instituto norte americano de Física, e agora está sendo trabalhada para se tornar comercial. Os pesquisadores desenvolveram as menores células fotovoltaicas do mundo com capacidade para produzir eletricidade. Após aplicadas à superfície do vidro, ficam com um décimo do tamanho dos painéis solares de película fina (thin-film) usados atualmente e tem capacidade de produzir até dez vezes mais energia que os painéis disponíveis atualmente, segundo seus idealizadores.

Nesta semana, a empresa assinou acordo com o Departamento de Energia dos Estados Unidos para o desenvolvimento de uma versão comercial da tecnologia em conjunto com o Laboratório Nacional de Energia Renovável (NREL, na sigla em inglês). “Os objetivos desse acordo nos movem definitivamente em direção ao desenvolvimento do processo de produção, um passo importante para a comercialização do SolarWindow (nome comercial da tecnologia)”, afirma John A. Conklin, presidente da New Energy Technologies.

Para tornar a tecnologia comercial, no entanto, a empresa precisa superar alguns entraves, como o baixar o custo de produção e a aumentar a eficiência do processo de aplicação das células fotovoltaicas. Entre as metas do acordo de pesquisa está ampliar a área do painel, que ainda é reduzida. O protótipo atual mede cerca de 30 cm x 30 cm, tamanho que já é três vezes maior do que o original, mas ainda insuficiente para escala comercial. Além do tamanho, os pesquisadores trabalham para aumentar a potência do painel e incrementar o desempenho e a durabilidade do produto.

Fonte: energiahoje